Guia do Pantanal
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Passeios turisticos

SAFÁRI FOTOGRÁGICO e FOCAGEM NOTURNA

Picapes e caminhões adaptados percorrem trajetos para flagrar animais. Capivaras, jacarés, veados, porcos-do- mato, tuiuiús, garças e colhereiros quase sempre aparecem. Com sorte, sucuris, tamanduás, onças-pintadas e lobos também surgem. Os melhores horários são de manhãzinha, no final da tarde ou, dependendo do hábito do bicho, à noite. Dá para percorrer por conta própria a Rodovia Transpantaneira, no Pantanal Norte, ou a Estrada-Parque, no Pantanal Sul (faça isso no período de seca, entre abril e setembro).

Melhor época

Entre abril e novembro, para ver mamíferos próximos de lagos e rios.

PASSEIO A CAVALO

É feito em trilhas que invadem a vegetação nativa, dentro de fazendas de gado – algumas áreas alagam e formam corixos (braços de rio) na vazante, o que dá mais emoção. Alguns hotéis oferecem também a possibilidade de acompanhar, a cavalo, o manejo do gado.

Melhor época

O ano todo. Na seca, entre abril e setembro, é a melhor época para iniciantes.

TRANSPANTANEIRA

No projeto original da Transpantaneira, a rodovia de quase 400 km deveria cruzar o Pantanal e ligar Poconé (MT) a Corumbá (MS). Mas a obra foi encerrada em Porto Jofre, às margens do Rio Cuiabá. Nos 145 km (sendo 143 km de terra), há 122 pontes (120 de madeira), campos abertos, mata e aterros que represam as águas das cheias e formam refúgios para jacarés, capivaras, tuiuiús e veados. Percorrer o caminho bem cedo – entre 5h e 8h – ou a partir das 17h faz toda a diferença: as aves estão empoleiradas nas árvores, e outros animais também dão as caras. Nos primeiros 65 km, a partir de Poconé, concentramse as pousadas, que normalmente abrem o restaurante a não hóspedes (leia em Hotéis); na parte final, o caminho é deserto, e a chance de ver onças, por exemplo, aumenta muito. Carros de passeio, só na seca, entre abr/set; no período de chuvas, até os 4×4 podem ter problemas. Essencial sair de Poconé com tanque cheio e estepe em dia, já que não há postos de combustível. O sinal de celular só aparece em Pixaim, onde há uma torre da Vivo.

OBSERVAÇÃO DE PÁSSAROS

Os tuiuiús são o símbolo da região – mas há cerca de 450 espécies de aves no Pantanal. Colhereiros, caracarás, tucanos, araras-azuis e garças aparecem em todos os cantos. Outros, como araçaris, são mais raros.

Melhor época

O ano todo, mas há mais animais entre abril e setembro, época da seca e de reprodução.

TREM PANTANAL

O roteiro que parte de Miranda aos domingos (8h) é o retorno do passeio que sai de Campo Grande aos sábados. O trem faz paradas em Aquidauana, para almoço, e em Piraputanga, onde há venda de artesanato, com chegada às 18h na capital. Violeiros divertem os passageiros (R$ 90 até Aquidauana; R$ 150 até Campo Grande). Reservas e consultas de datas de saída com a Serra Verde Express: 3043-2233 e serraverdeexpress. com.br.

ESTRADA-PARQUE PANTANAL

Aberta no final do século 19, tem pista mais estreita que a Transpantaneira – aqui, ver animais nas margens é mais difícil. Seus 120 km, com 71 pontes de madeira, ligam a região de Lampião Aceso, em Corumbá, à BR-262 (altura do km 656), no Buraco das Piranhas. Fazer o percurso de carro, só na época de seca, entre abril e setembro. No trajeto, dá para ver aves e, no trecho inicial, chapadões. Há travessia de balsa no Rio Paraguai, no distrito de Porto da Manga (km 68, 6h/18h, R$ 25). A partir da famosa Curva do Leque, são mais 51 km de terra até a BR-262, trecho que concentra hotéis. Atenção: o único posto de combustível da estrada, que funcionava em Passo do Lontra (a 8 km do Buraco das Piranhas), foi desativado.